Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021 pelo IBGE, revelou que 0,6% da população brasileira com mais de 18 anos (o que equivaleria a aproximadamente 1 milhão de pessoas) afirmou ter diagnóstico médico de IST (infecção sexualmente transmissível) ao longo de 2019.
Já a taxa de transmissão do vírus HIV no Brasil aumentou 21%, enquanto que no restante do mundo houve uma queda de 16%, segundo o Unaids (programa das Nações Unidas, desenvolvido para prevenir o avanço do HIV.
As camisinhas (preservativos) são de fundamental importância na redução da incidência de IST. Elas também evitam gravidez indesejadas, já que a iniciação sexual no nosso país está acontecendo com cada vez menos idade.
Dados do Sistema de informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc/SUS) mostram que um em cada sete nascimentos vem de mães adolescentes.
O mais recente estudo da Famivita revelou que 64% da população não tem como hábito usar preservativo na relação sexual.
Quando o assunto é idade, cerca de 72% dos entrevistados na faixa dos 40 a 44 anos afirmaram não ter o costume de usar camisinhas. Já na faixa dos 25 a 29 anos, 68% disseram que não usam preservativos. O estudo também trouxe a informação que 92% dos entrevistados têm ciência de que o preservativo evita as IST 's.
A evolução histórica do preservativo:
Os preservativos, feitos a partir de vísceras de animais, já eram utilizados há vários séculos. No início do século XIX eles passaram a ser feitos de borracha. Mas foi com o desenvolvimento do látex, a partir de 1880, que os preservativos tiveram uma verdadeira evolução. Já a primeira camisinha com reservatório para o esperma surgiu em 1901, nos Estados Unidos.
Estima-se que em 1935, cerca de 1,5 milhão camisinhas foram comercializadas nos país norte-americano. Nos períodos seguintes, contudo, elas caíram em desuso, principalmente após o advento da pílula anticoncepcional.
A partir de 1980, o HIV modificou a consciência mundial a respeito da sexualidade, principalmente quando se fala em sexo seguro. Assim, a camisinha voltou à cena, posto que é o único método capaz de reunir, em apenas uma ferramenta, a prevenção à gravidez indesejada e às infecções sexualmente transmissíveis.
No Brasil da década de 1980, no começo da epidemia de HIV, os preservativos eram distribuídos apenas em datas específicas, como o Carnaval e o “Dia Mundial de Luta Contra Aids”. Porém, a partir de 1994, iniciou-se a ampla distribuição por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando o acesso da população.
Mas não adianta estar a disposição, é necessária a correta utilização do preservativo como forma de preservação da saúde sexual do indivíduo. Lembrando às mulheres que também temos o preservativo feminino. Então não fique refém do seu parceiro querer ou não usar a camisinha. Use a feminina!
Cuide da sua saúde sexual!
Juliana Graça, consultora em saúde e educação sexual, sexóloga e pós-graduada em terapia sexual na saúde e na educação
Instagram: www.instagram.com/julianangraca
Mín. 21° Máx. 24°