O primeiro trimestre de 2024 foi positivo para a bovinocultura capixaba. A produção de carne bovina teve alta de 45,4%, totalizando 17,6 mil toneladas, ante as 12,1 mil toneladas obtidas no primeiro trimestre de 2023. As informações foram apuradas pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de dados originais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A análise mostra um crescimento significativo no peso total das carcaças e no número de abates, refletindo o dinamismo e a expansão do setor agropecuário no Estado. Nos três primeiros meses deste ano, o setor de produção de carne bovina registrou aumentos significativos no peso total das carcaças, indicando uma tendência de crescimento robusto na indústria. Em janeiro, houve um aumento de 47,5%, passando de 3.952 toneladas para 5.829 toneladas. Esse crescimento continuou em fevereiro, com um aumento ainda maior de 66,2%, elevando o peso total das carcaças de 3.420 toneladas para 5.683 toneladas. Em março, o aumento foi de 28,5%, atingindo 6.055 toneladas em comparação com as 4.713 toneladas registradas anteriormente.
Considerando os números do primeiro trimestre como um todo, o aumento acumulado no peso total das carcaças foi de 45,4%, saltando de 12.085 toneladas para 17.567 toneladas. Esses dados refletem um período de acentuado crescimento no setor de produção de carnes, sugerindo um cenário positivo para a indústria no ano de 2024.
Exportações de carne bovina
A carne bovina também se destacou entre os principais produtos de exportação do agronegócio capixaba no primeiro trimestre de 2024, ficando em 4º lugar na geração de divisas, alcançando um valor de US$ 7,6 milhões, o que representa 1,18% do total das exportações do setor no período.
Os dados de exportação indicam um aumento substancial no valor e no volume das exportações de carne bovina no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. O valor das exportações de carne bovina cresceu de US$ 330,5 mil para US$ 7,6 milhões, enquanto o peso exportado aumentou de 55,1 toneladas para 1.564 toneladas. Embora o preço médio por quilograma tenha caído de US$ 6,00 para US$ 4,89, o aumento no volume exportado compensou essa redução, resultando em um crescimento significativo nas receitas de exportação.
Análise e implicações
O crescimento observado no número de abates, no peso total das carcaças e nas exportações de carne bovina pode ser atribuído a uma série de fatores. Destacam-se as melhorias nas práticas de manejo e produção, além dos investimentos significativos do setor privado em infraestrutura e tecnologia para o abate e processamento de carne bovina. Empresas do setor têm investido em modernização das instalações, equipamentos de alta tecnologia e treinamentos para os profissionais, garantindo maior eficiência e qualidade no processamento dos produtos.
Outro fator relevante é a crescente demanda por carne bovina, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. O Espírito Santo tem se destacado na exportação de carne bovina, atendendo aos rigorosos padrões de qualidade exigidos pelos mercados internacionais. Este aumento na demanda reflete a confiança dos consumidores na qualidade dos produtos capixabas.
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