Quando o assunto é uma disputa em que apenas um lado pode sair vencedor, tudo pode acontecer — desde o resultado mais esperado até uma verdadeira surpresa. É diferente, por exemplo, de uma corrida entre um Fiat Uno e um Porsche. Mesmo que o compacto esteja equipado com uma escada no teto, dificilmente — para não dizer impossível — será capaz de silenciar a comemoração da torcida do Porsche, já que a vitória é praticamente certa. Mas isso não se aplica às eleições da OAB/ES deste ano.
Recebemos em nossa redação o print de uma pesquisa eleitoral espontânea, mostrando o desempenho dos quatro candidatos à presidência da Ordem. Por questões éticas e, possivelmente, devido a restrições legais, vamos comentar o que vimos de forma neutra e sem mencionar nomes. E o que notamos é que qualquer candidato tem chances de vitória.
Contudo, algo é evidente e não é segredo para ninguém: quem já ocupa o cargo normalmente tem uma vantagem sobre os demais. Neste caso, a pesquisa mostra uma liderança de 25,8%. Porém, o que vimos foi que a vantagem não é tão grande assim. O que chama a atenção é o desempenho de dois candidatos, um homem e uma mulher, que, embora não formem um casal no sentido romântico, estão colados no líder, praticamente empatados com 21,2% e 20,7% das intenções de voto. Qualquer clique errado no botão de “confirma” pode mudar o resultado final — nem que seja por um único voto.
Além disso, há um quarto candidato. E, se trocarmos o Porsche mencionado anteriormente por uma biga puxada por cavalos, não seria surpreendente ver uma virada nesse cenário eleitoral, já que ele conta com 10,9% das intenções de voto. Isso sem falar nos eleitores indecisos, que representam 16,8% do total.
Este veículo de comunicação defende os valores éticos e democráticos em qualquer cenário eleitoral — seja em uma eleição para governador, vereador, síndico de prédio ou para a presidência da OAB, órgão que representa advogados, profissionais essenciais à administração da Justiça.
Por isso, acreditamos que a alternância de poder, em qualquer nível, é fundamental para uma democracia sólida. E, com base na pesquisa “vazada”, concluímos que o mais prudente é guardar o grito de vitória, os confetes e as garrafas de espumante para o último minuto. Afinal, com a imprevisibilidade desse cenário, o vinho pode facilmente virar vinagre e a festa se transformar em velório.
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