A sexta edição do estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM), que está sendo lançado pela Macroplan neste período pós eleições, mostra quais cidades entregaram mais serviços em quatro áreas que estão sob influência da gestão municipal - saúde, educação, segurança e saneamento & sustentabilidade. O estudo analisa a evolução de indicadores oficiais das quatro áreas nos 100 maiores municípios do país, entre 2010 e 2023, aferindo o legado de várias administrações
O desempenho global da gestão de cada cidade é avaliado por um índice sintético, composto por uma cesta de 15 indicadores de todas as áreas analisadas, o IDGM – Índice Desafios da Gestão Municipal.
O IDGM varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município. O levantamento aponta que a cidade de Vitória desponta como a 20ª cidade mais bem avaliada entre as 100, com um IDGM de 0,683. Já entre as capitais, ocupa a 4ª posição atrás de Curitiba ( 1ª), Belo Horizonte (2ª) e São Paulo (3ª).
Para a coordenadora do estudo, a diretora de estudos e dados da Macroplan, Adriana Fontes, as cidades precisam melhorar a gestão e inovar para lidar com a escassez de recursos e a demanda da sociedade por mais e melhores resultados.
"O Brasil sempre foi conhecido pela elevada desigualdade que se reflete no desempenho dos municípios. O estudo aponta resultados muito distintos entre municípios com tamanho de população similar dentro de uma mesma região. Gerir com base em evidências, trabalhar em cooperação com outros entes da Federação, buscar as boas práticas de outras cidades e dar continuidade às políticas públicas exitosas é fundamental para evoluir de forma mais acelerada, evitando desperdícios de recursos e reduzindo desigualdades", afirma
Rankings por área e desafios
Além do ranking geral, a pesquisa da Macroplan aponta a posição das cidades segundo os resultados entregues à população por área destacando os principais desafios que o prefeito Lorenzo Pazolini terá à frente da administração da cidade.
Vitória alcança a melhor aferição na área de Educação (que reúne indicadores de matrículas em creche, matrículas em pré-escola, IDEB Ensino Fundamental I e IDEB Ensino Fundamental II, ambos da rede pública), ficando na 10ª posição entre as 100 cidades avaliadas e em 1ª colocação entre as capitais, com IDGM de 0,674.
Em Saúde, que reúne os indicadores de mortalidade infantil, acesso à assistência pré-natal, atenção básica à saúde e mortalidade prematura por doenças crônicas a capital capixaba ficou em 22ª posição, com IDGM 0, 560, e registrando uma queda de 13 posições em relação ao ranking anterior da área de 2010
Em Saneamento, composto pelos indicadores de acesso da população à serviços de esgoto, água e lixo, Vitória ocupa a 31ª posição entre as 100, com IDGM 0,883 , tendo avançado 9 posições em relação ao ranking de 2010
Já na área de, Segurança, que reúne indicadores de homicídios/por 100.000 habitantes e mortes violentas no trânsito, Vitória ocupa a 60ª colocação no ranking nacional da área , com IDGM 0,747. Apesar da posição desfavorável a capital capixaba conquistou avanços relevantes nesta área, tendo subido 15 posições em relação ao ranking de 2010
Para o sócio-diretor da Macroplan, Gustavo Morelli, é indiscutível que os problemas enfrentados pela cidade não serão resolvidos em uma única legislatura. "Visão de longo prazo, planejamento, continuidade às políticas que se mostrem efetivas, inovação e boa gestão são condições necessárias para alcançarmos melhoria na prestação dos serviços e na qualidade do gasto", conclui.
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