Atentado a tiros deixa dois homens feridos em bairro de Vila Velha

Tiros, medo e correria. Assim foi a noite deste sábado (21), na região de Vale Encantado, em Vila Velha. Um adolescente e um ajudante de pedreiro, de 26 anos, foram baleados em um ataque que aconteceu por volta das 19h30. As informações são do jornal A Tribuna.

De acordo com testemunhas, a rua estava cheia de moradores, inclusive crianças, quando os disparos começaram. O atirador teria chegado a pé, usando uma máscara cirúrgica, já abrindo fogo. 

“Eu estava dando uma volta de bicicleta. Eu e um amigo passamos num bar para comprar cigarro. Assim que a gente saiu, apareceu um cara e começou a atirar para cima da gente. Não deu para fazer nada, fiquei sem reação”, revelou o ajudante de pedreiro, que preferiu não se identificar. 

Ele foi atingido de raspão na orelha e caiu no chão. “Na hora fiquei surdo, quase desmaiei. Só deu para ficar no chão mesmo quietinho e esperar em Deus. Eu só estava esperando o pior, dele vir e terminar mesmo, só Deus para ter misericórdia”, lembrou o jovem.

O amigo dele, de 17 anos, foi atingido no ombro esquerdo. Segundo o Boletim de Ocorrência, mesmo ferido, ele correu sem olhar para trás. Logo depois, foi socorrido por moradores. 

As vítimas não souberam explicar para a polícia qual seria a motivação para o crime, e afirmaram que não tinham inimigos. 

“Começou do nada, ele saiu com arma em punho e começou a atirar. Eu estava na hora errada, no momento errado”, garantiu o ajudante de pedreiro, que levou quatro pontos na orelha. 

Guerra

Segundo testemunhas, o clima na região esquentou há cerca de uma semana, quando um novo grupo teria se instalado na rua São Cristóvão para vender drogas. Por conta disso, a facção rival estaria promovendo os ataques. 

No meio da guerra, quem sofre são os moradores. Com medo de represálias, eles evitam conversar com a imprensa, mas falam sobre o susto de ouvir tiros perto de casa.

“Eu estava deitado e ouvi três tiros, um atrás do outro. A gente acaba se acostumando, mas não tem como deixar de se assustar”, revelou um aposentado, que preferiu não se identificar.

Fonte: Jornal A Tribuna